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Histórias mal contadas

São factos do quotidiano, aparentemente sem qualquer importância, aos quais o autor dá a relevância do absoluto, do todo. É a sua obra-prima, sem prejuízo de outro entendimento.

Histórias mal contadas

São factos do quotidiano, aparentemente sem qualquer importância, aos quais o autor dá a relevância do absoluto, do todo. É a sua obra-prima, sem prejuízo de outro entendimento.

07.Abr.13

Antero de Alda


Natural de Sever de Vouga, Antero vive agora nas margens do Tâmega. Nos entretantos, foi-se instalando no Porto, Lisboa e Braga. Longe da civilização, descobriu que a palavra “interior” rima quase sempre com dor. Por isso, através da fotografia ou da poesia cibernética vai-se libertando do peso da indignação. Que ninguém se engane: a sua arte, de tão concreta, às vezes torna-se corrosiva. 

05.Abr.13

Cio

Período do ano em que as cadelas ficam muito zelosas da sua descendência.

 

Paulo Moreira Lopes, in Cão noturno e glossário canino, no prelo.

03.Abr.13

Ana Rua

 

De escola em escola e de rua em rua, a Ana, que começou por ser pele e osso, profissionalmente falando, claro, foi ganhando forma com os pormenores e materiais que ia percebendo. Depois, revestiu-se, sem medo ou pudor, de tecidos pontuados com a cor dos azulejos e paredes da considerada, indevidamente, cidade cinzenta. Podem tirar-lhe a prova na casa da arquitetura. 

01.Abr.13

Compressa

Este ano, por iniciativa própria, passei a rezar o Pai Nosso na visita pascal. A meio do percurso, quando saíamos de uma das habitações, o meu companheiro de Compasso observou:

- Este ano estamos muito atrasados.

A resposta saiu-me de imediato e (ir)refletida[1]:

- A culpa é do Pai Nosso!

 

Vila Nova de Gaia, 31 de março de 2013.



[1] Terá sido mais um ato falhado, revelador da minha tendência (reprimida?) para o sacrilégio? Daí os parêntesis.

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