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Histórias mal contadas

São factos do quotidiano, aparentemente sem qualquer importância, aos quais o autor dá a relevância do absoluto, do todo. É a sua obra-prima, sem prejuízo de outro entendimento.

Histórias mal contadas

São factos do quotidiano, aparentemente sem qualquer importância, aos quais o autor dá a relevância do absoluto, do todo. É a sua obra-prima, sem prejuízo de outro entendimento.

02.Ago.13

Vai chover!

(Edição de P2 de 28-07-2013[1])

 

Era domingo de manhã. Saí de casa para ler o jornal. Antes, despedi-me dela. Quando estava para entrar na caixa de escadas ela abre a porta de repelão e diz-me:

 

- Vai chover!

 

Dito daquela forma defetiva e impessoal, a afirmação suou-me a imposição, pelo que respondi do mesmo modo:


- Vai tu!

 

Cá fora o tempo estava cinzento, a ameaçar chuva, mas mesmo assim, aguentei-me à viva força e não chovi.

 

Vila Nova de Gaia, 28 de julho de 2013.



[1] No quiosque comprei o PÚBLICO (já não comprava há meses), por causa do P2, onde trazia um artigo inspirador: “Casamentos de uma vida inteira”, com ou sem chuva, pensei.