Argumentista
- Pai, tu és advogado ou argumentista?
Será que não posso exercer as duas funções ao mesmo tempo? Ser argumentista quando exerço advocacia e advogado quando escrevo sobre assuntos extra foro?
Vila Nova de Gaia, 29 de junho de 2014.
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- Pai, tu és advogado ou argumentista?
Será que não posso exercer as duas funções ao mesmo tempo? Ser argumentista quando exerço advocacia e advogado quando escrevo sobre assuntos extra foro?
Vila Nova de Gaia, 29 de junho de 2014.
Para além do gosto de palavrear, a Inês tem a tendência, talvez sem o saber, de frequentar lugares onde se acede por estradas amplas e airosas. Por isso (quem sabe?), não é nada de atalhos. Hoje, quando tem aulas, vai da Senhora da Hora, atravessa a Circunvalação e num instante chega à faculdade de medicina. Há uns anos atrás, até completar o 12.º ano, tinha ainda de passar pela Avenida Boavista. E foi, precisamente, entre ambas as artérias que passou muitos dos dias da infância a passear e a inspirar-se para as histórias que nos vem contando. →
A solução técnica para evitar a nidificação das cegonhas nos pórticos foi muito simples.
Mais um momento de prazer: confrontar o absurdo do passado com a limpeza[1] do presente.
Sob os pórticos da A25 em Angeja, Aveiro, 22 de maio de 2014.
Fuji ao trânsito da VCI e dei comigo parado em frente ao Palácio da Bolsa à espera de entrar na fila em direção ao túnel (só depois soube que o túnel estava em obras).
Forçado a parar naquela praça revivi as anteriores ideias que sobre a mesma venho alicerçando. Todas têm o mesmo sentido: a praça está cega. Os edifícios situados em frente à estátua do Infante Dom Henrique tapam as vistas a quem a contempla. O nosso olhar dirige-se inevitavelmente para baixo (parece íman), à procura do rio que se pressente por detrás dos prédios.
Apetece, por isso, derrubar aquela barreira para se poder usufruir da beleza do rio e da paisagem da outra margem.
Só a representação daquela possibilidade me satisfaz. Foi o que me valeu para suportar a espera.
Em frente ao Palácio da Bolsa, Porto, 20 de maio de 2014.
Notificado do despacho:
“Subam os autos ao Supremo Tribunal Administrativo.”
Questionei-me: se o tribunal está em Braga e o STA em Lisboa, os autos não deveriam descer?
Enfim, é o sobe e desce do formalismo jurídico.
Nasceu em Oliveira de Azeméis e há muito vive no Porto, freguesia de Ramalde. Trabalha com e sobre as palavras. Quando as palavras não lhe bastam, ilustra: imagens furtadas à realidade (ou à ficção?). Quando as palavras e as imagens não lhe bastam, desenha. Quando as palavras e as imagens e os desenhos não lhe bastam, faz tangram. Quando as palavras e as imagens e os desenhos e o tangram não… Desiste. Ou insiste. →
É Maio e o vírus da constipação não tem assim tantos motivos para ser mimado, o que não impede Elisabete Gonçalves de nos receitar uma alternativa para o maltratar e em que se dispensa o paracetamol e o leitinho com mel. A autora também nos sugere ver o mundo por outro prisma, a não complicar o que é tão óbvio e a sonhar diariamente com um mundo novo e justo. Por fim, ainda há espaço para uma lição de civismo à moda do Porto. O titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante d’A BULA é o Correio do Porto e foi aprovada pela última vez no dia 30 de abril de 2014.
Para fazer download basta clicar na imagem.
Ver criação d’ A BULA aqui.