Este lugar, não o Mosteiro, para mim foi sempre um mistério.
Primeiro, a dificuldade em chegar cá. Temos de estar muito atentos às saídas na EN 14 (para quem acede pela A20/Nó do Regado).
Depois, porque a envolvente, em especial a estrada que contorna o edifício da Junta de Freguesia e o Mosteiro, é muito estreita e não permite visualizar o monumento no seu melhor enquadramento (ao passar temos de olhar de esguelha).
Se não estivermos atentos, o que é fácil, pois a sinalização da rotunda que precede a estrada que contorna a Junta de Freguesia e o Mosteiro é muito confusa (a irritação é inimiga da atenção, pelo menos comigo) e a circulação nesta muito afunilada, é bem possível seguirmos em frente sem vermos o monumento. Para cúmulo, a entrada para o parque da Junta ou do Mosteiro (não se percebe bem) coincide com uma curva à esquerda muito apertada.
Por outro lado, também não compreendo como foi possível construir a Junta de Freguesia e o cemitério em frente ao Mosteiro. Será que à data da construção aquela zona não estaria abrangida por servidão non aedificandi decorrente da classificação como monumento nacional (Decreto de 16-06-1910, DG n.º 136, de 23-06-1910) ou será que não existe servidão?
Mais um caso em que me sobe a dopamina só em pensar nas obras necessárias ao reenquadramento do Mosteiro naquela paisagem, onde não se pode esquecer o rio Leça que lhe serpenteia as traseiras.
Viagem entre V. N. de Gaia e Gueifães (esta última sem qualquer sinal de orientação após a saída da EN 14), 19 de julho de 2014.