Voa um beijo
Foi um momento de revelação. Saio do quarteirão e entro na Avenida. Quando endireito o veículo e me acomodo no trânsito avisto sobre a estrada uma gaivota a voar em direção à rotunda.
Pois bem, no momento em que a gaivota vai a planar vejo perfeitamente desenhado a parte superior de uns lábios femininos e, imediatamente, associo aquela forma ao verso de Alexandre O´Neill: Ainda palpitante voa um beijo.
Vila Nova de Gaia, 22 de dezembro de 2013.