Este também o vi aparecer. Com tantos médicos e enfermeiros por perto, será que irão sarar a ferida? Desconfio que sejam os próprios médicos e enfermeiros (profissionais e estudantes) a abri-la. A lei do menor esforço dá nisto.
As pessoas que atravessam os atravessadouros terão o cérebro cheio de atravessadouros? Não custa acreditar.
Porto, Novembro de 2017.
Jardim Soares dos Reis, Vila Nova de Gaia, 15 de agosto de 2015.
NOTA: Este vi-o nascer. À entrada ainda há hesitações, mas depois os atravessantes acertam o passo.
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Os jardineiros curaram a ferida aberta no jardim. Em substituição da gaze usaram rede de arame. Deu resultado.
Jardim Soares dos Reis, Vila Nova de Gaia, 11 de junho de 2016.
Este é o atravessadouro do paralelo. As pessoas gostam de caminhar em paralelo. Olham-se melhor enquanto conversam. Não basta ouvir é preciso ver como o outro diz o que diz. Em fila indiana vê-se mal a conversa. Solução: mais conversa em paralelo.
Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, 23 de março de 2016.
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Este atravessadouro tem uma particularidade: é bifurcado num dos lados. A explicação talvez se deva ao esforço feito na subida (quanto mais para a esquerda mais ingreme).
Estação da Ramalha, Almada, 2 de junho de 2016.
Nem a presença do tribunal inibiu os transeuntos de criarem um atravessadouro por tão pouco desvio.
Tribunal judicial de Ponte de Lima, 22 de outubro de 2015.